Segunda-feira, 21 de dezembro de 2015. Nasceu nos Estados Unidos, a primeira ninhada de cachorros por fecundação in vitro; cuja realização poderia supor um avanço para combater as doenças hereditárias nos cães. Este fato foi realizado por um grupo de investigadores da Universidade Cornell de Nova Iorque, que depois de várias tentativas, têm conseguido com sucesso o nascimento de sete cachorrinhos.
A Descoberta, publicada pelo próprio centro universitário, acredita ser um avanço para combater as doenças hereditárias; e contribui a estudar o desenvolvimento das doenças congênitas nos cachorros, já que os cães compartilham mais de 350 transtornos e recursos hereditários com os humanos.
Desde meados da década de 1970, inumeras tentativas seguidas de fracassos com cachorro; segundo informou Alex Travis, professor associado de Biologia Reprodutiva no Instituto Baker Sanitário de Animais, na Faculdade de Medicina Veterinária de Cornell. Igualmente afirmou que para conseguir a fecundação, os pesquisadores transferiram 19 embriões previamente tratados à cadela escolhida para gestar, a qual deu a luz a sete filhotes sãos.
Os cientistas manifestaram que o primeiro desafio foi recolher os óvulos maduros da fêmea a ponto para ser fecundados, tendo a dificuldade de saber o momento mais ótimo para a sua fertilização; já que os ciclos reprodutivos dos cachorros são diferentes aos de outros mamíferos. Para o sucesso desta fecundação, os especialistas fertilizaram um ovulo maduro com um espermatozoide num laboratório para produzir um embrião; E logo inserir este na cadela gestante no momento adequado do seu ciclo reprodutivo.
Os pesquisadores consideraram que se deixavam amadurecer o ovulo mais um dia, teria maiores probabilidades de sucesso. Posteriormente, já conseguida a fertilização do óvulos, o seguinte reto consistia em que o trato feminino da cadela gestante estivesse a ponto para a fecundação, simulando as condições uterinas no seu laboratório. Também descobriram que ao acrescentar magnésio ao entorno, o corpo da mãe gestante acolhia melhor a chegada dos espermatozoides.
O professor Travis, indicou que com essas duas mudanças conseguiu os taxas de fertilização num 80% a um 90%. O grande desafio para os investigadores era congelar os embriões, já que isto permite inseri-los nos ovi-dutos receptores –chamados trompas de Falópio nos humanos- no momento conveniente do seu ciclo reprodutivo, o qual ocorre só uma ou duas vezes ao ano.
A fertilização in vitro admitirá conservar raças animais ao armazenar esperma e óvulos das espécies e poder gestá-las de novo, além de reproduzir espécies em perigo de extinção. Com as novas técnicas de modificação de genes e a fecundação in vitro, se podem previr potencialmente doenças genéticas antes de que se desenvolvam; assim como entender muitos padecimentos em humanos e caninos.
ALFA