Segunda-feira, 21 de dezembro de 2015. O 2015 foi apelidado como o “ano do desgelo” para Estados Unidos e Cuba, já que depois de mais de cinco décadas de enfrentamento, se restabeleceram as relações diplomáticas entre estes dois países.

Agora, ambos se reconhecem como países vizinhos que têm reaberto as suas embaixadas, estabelecendo linhas de dialogo bilateral para prosseguir para a normalização das suas relações; nas que o principal obstáculo continua sendo o embargo econômico sobre a Ilha.

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Depois de mais de meio século de pugnas entre nações, ambos mandatários já se reuniram amigavelmente para discutir alguns assuntos políticos próprios dos seus trabalhos. Já se pode observar também ondeantes as bandeiras de Cuba na sede diplomática de Washington; e correspondentemente a bandeira dos EEUU na sede diplomática da Havana.

Tudo isso se conseguiu depois de quatro rodadas de negociações celebradas em Cuba em janeiro e março; e em Washington, em fevereiro e maio; sob a liderança de duas mulheres: Josefina Vidal, diretora da Chancelaria Cubana para America do Norte; e Roberta Jacobson, subsecretaria de Estado para America Latina.

No passado 11 de abril, no Panamá se realizou a VII Cimeira das Américas; onde pela primeira vez se reuniram todos os países do Continente Americano, incluindo Cuba; sendo igualmente a primeira entrevista entre Obama e Raul Castro. A seguinte imagem é memorável, e se denominando a foto do desgelo.

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Porém, Cuba insiste em que para que as suas relações sejam plenas e totalmente abertas com os Estados Unidos, este ultimo deve levantar o embargo econômico do que é vitima a Ilha. Obama, por sua vez, reconhece que esta política é antiquada; mas admite que não depende só dele, senão que esta sujeita ao Congresso Norte-americano, se comprometendo a instar diante o mesmo sobre dito embargo. No entanto, têm flexibilizado alguns aspectos do bloqueio como a atenuação das normas sobre explorações, intercâmbios de divisas e as viagens de americanos à Havana.

Já algumas destas medidas têm dado resultados positivos, por exemplo, no primeiro semestre deste ano quase 90.000 americanos chegaram a Cuba com fins turísticos; o que revela um 54% mais alto em visitas que no ano 2014. De igual forma, têm pisado terra cubana membros do governo como Kerry e os secretario de Comercio e da Agricultura. Penny Pritzker e Thomas Vilsack respectivamente; assim como os governadores de Nova Iorque, Arkansas ou Texas e missões empresariais de vários estados.

Por outro lado, o cessar dos conflitos entre estes estados, lhe tem outorgado a Cuba alguma popularidade dentro do panorama internacional; recebendo personalidades importantes como os presidentes da França, Françoise Hollande; Itália, Matteo Renzi; inúmeros políticos e empresas do mundo todo.

ALFA