A antiga civilização dos maias tinha um importante legado cultural e um passado ancestral envolto em inúmeras tradições e crenças, que fazem parte da identidade das nações que atualmente habitam essas terras. Estes grupos desenvolveram sua cultura a partir de tradições místicas, mágicas e energéticas, e faziam figuras com o jade.

A pedra foi objeto de adoração para esses povos, porque ela concedia grandes potências e virtudes. Além de ser um símbolo de autoridade e de alta classe na estrutura social, era respeitada por todas as pessoas.

Os maias utilizavam o jade por sua dureza para fazer armas como espadas, machados, etc.; também o usavam para fazer ferramentas e armaduras, as peças mais notáveis foram feitas por altos hierarcas, como joias e peitorais; mas acima de tudo, realizavam um trabalho mais delicado na preparação das máscaras mortuárias feitas em mosaico e colocadas em suas cerimônias fúnebres.

Estas máscaras cerimoniais eram o núcleo desses atos que simbolizavam a transição para outra fase da vida, de acordo com sua religião. Elas tinham as características do falecido, cujos contornos eram idealizados para representar a divindade. As máscaras de jade, para os maias, deviam transcender a eternidade. A peça também tinha outros materiais como a casca da pérola, a obsidiana e a hematita, também associadas com o divino.

Entre as máscaras com mosaico de jade se destaca a de K’inich Janaab’ Pakal, encontrada no túmulo desse governante, debaixo do Templo das Inscrições na parte antiga da cidade de Palenque, no México. Tinha mais de 200 peças de jade, montadas sobre uma armação de madeira.

Além disso, outra máscara igualmente bela foi encontrada na jazida de Calakmul, também no México. Tinha incrustações de jade, de obsidiana cinza e de pérola; estava perto da máscara do governante Pakal, é considerada uma das obras em jade mais notáveis dos maias.

Há mais máscaras de mosaico, como as encontradas em Oxkintok, em La Rovirosa e em Dzibanche, no México; todas elas são belas peças de jade, que representavam figuras antropomórficas.

Já foram encontradas 13 máscaras com mosaico de jade, mas não se identificou a quem elas pertenciam, exceto a de Pakal. Os arqueólogos têm a tarefa de localizar esses nomes que conseguiram deixar sua marca no tempo através destas peças.

ALFA