Não está mal cuidar a aparência, mas algumas pessoas desenvolvem uma obsessão por parecer impecáveis e isso se torna num problema. Se já conhece alguém incapaz de perceber e identificar seus próprios atributos ou virtudes físicas e que só destaca seus defeitos, é possível o diagnóstico dessa pessoa ser transtorno obsessivo-compulsivo.
O transtorno obsessivo-compulsivo é uma doença psiquiátrica que leva as pessoas a sentirem a necessidade de se olharem no espelho constantemente para detectar ou imaginar imperfeições. Isto ocasiona que a pessoa tome decisões inadequadas quanto a seu físico, como intervenções cirúrgicas, que, embora sejam bem-sucedidas, não vão acabar com a inconformidade física do paciente.
Os especialistas afirmam que esta doença pode ser motivada por distúrbios na personalidade, baixa autoestima ou até mesmo bullying, porque a pressão social, a chacota e os estereótipos podem desencadear a necessidade de atingir a perfeição, pelo que se desenvolvem afecções psicológicas. Os padrões de beleza estabelecidos erradamente pela sociedade produzem um efeito prejudicial naquelas pessoas com fraquezas emocionais e inconformidades físicas.
O espelho é um dos principais inimigos das pessoas que sofrem desta doença. Estudos demonstraram que estas pessoas podem se olhar no espelho até 74 vezes por dia, seja para checar sua aparência, seja para encontrar detalhes que provoquem condutas de autorejeiçao, sendo esta última a reação mais frequente.
Para obter um diagnóstico definitivo da presença desta patologia, é preciso visitar um especialista; no entanto, há determinados comportamentos que podem sugerir sua presença:
- Baixa autoestima
- Necessidade de checar sua imagem completa constantemente em qualquer espelho ou objeto.
- Inconformidade com sua imagem no espelho.
- Preocupação obsessiva por se ajustar a determinados estereótipos de beleza.
- Desejo irrefreável de ser atraente para outros.
- Tirar-se muitas fotografias na procura de alterações físicas.
Para determinar qual é o tratamento ideal para este tipo de pacientes, é imprescindível consultar um especialista, embora a abordagem usualmente exija sessões de psicoterapia nas que o médico tratante faça uma avaliação profunda em procura de possíveis elementos associados à infância e ao ambiente familiar que influenciem nesse comportamento. Assim, irá ser possível determinar a origem da doença e seu estágio, para definir o tratamento adequado. Deve-se trabalhar em função de reforçar a autoestima, minimizar o uso de espelhos durante o dia e eliminar atitudes obsessivas.
A saúde mental é fundamental para o desenvolvimento da vida humana e o transtorno obsessivo-compulsivo é um fator que impede o correto desenvolvimento dos pacientes que não tratam esta patologia precocemente. É por isso que lhe cominamos a observar seu comportamento e o de seus próximos para poder detectar este problema de forma precoce e assim conseguir uma vida plena e feliz.
ALFA