Quinta-feira, 24 de dezembro de 2016. Cada semana um grupo de guerrilheiros das Forcas Revolucionárias da Colômbia (FARC), mediante um jornal transmitido por YouTube e gravado na Cuba; apresentam avanços informativos da Mesa de Conversações para contar aos seus companheiros na Colômbia como vão os diálogos, quebrando assim o cerco mediático como eles o chamam.


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Nesta semana celebram com presunção de triunfo a transmissão numero 50, que vem acompanhada com quase 3.000 subscritos e um total de 54.435 visualizações; graças às imagens exclusivas da liberação de um general colombiano, quem esteve sequestrado pelos rebeldes o ano passado. Os protagonistas deste canal são um grupo de guerrilheiros que até agora, se movia, nas selvas da Colômbia portando as suas fardas, com fuzil em mãos, e a quem a guerra não deixava tempo para ver se quer as noticias.

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Uma das integrantes desta peculiar equipe de repórteres é Milena Reyes, de 26 anos de idade; que mesmo a seus colegas, ficou sabendo da sua nova missão quando esteve em Cuba: produzir o primeiro jornal informativo das FARC por internet, chamado Informativo Insurgente. Ela mencionou que na selva a sua primeira preocupação era resguardar a sua vida, e que o frio que produzia correr para que não a matara, parecia com o frio que sente agora; mas desta vez a causa dos nervosismo de pensar que vai ser vista na televisão.

Esta jovem guerrilheira aprendeu a se maquiar em poucos minutos para aparecer diante das câmeras, lidar com saltos e libretos, e suportar as criticas que chegam por Twitter, tal qual estrela de TV.

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Por sua vez, Viviana Hernandez, guerrilheira de 49 anos, que se ocupa das Surgências literárias e de cinema; admite que isto tem sido duro e complicado para eles, pois a sua formação é de outro tipo. Têm passado de ser combatentes das (FARC), para estar detrás de câmeras, sem praticamente nenhuma experiência em meios da comunicação e aprendendo sobre a marcha.

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Isto é um evento histórico, pois desde 1964 quando as FARC entra em guerra com o Governo colombiano; se têm visto privado dos grandes meios de comunicação, inclusive acusados de amedrontar aos periodistas.

Esta organização anti-imperialista, que espera selar a paz com o governo colombiano no ano 2016; e nunca imaginou que foram empresas americanas como YouTube e Twitter, os que se converteram em mensagem das sua causa, e que a sua vez sirvam de cenário para as FARC apreciar como meio das FARC, prepara a sua câmera durante uma negociação para a Paz na Havana.

Para o analista de meios, Omar Rincón, é importante que esta organização aproveite as tecnologia para estender a sua mensagem; mas erram se pensam usar esse meio como ferramenta para captar adeptos, e de ser assim, as FARC continuará perdendo a guerra mediática.

ALFA