Falar da filigrana é falar de arte. Esta técnica de ourivesaria é aplicada na confecção de peças usando finíssimos fios com um metal precioso, geralmente ouro ou prata, para preencher uma moldura a modo de entretecer para formar um desenho semelhante a uma renda e, com eles, fazer trabalhos delicados em joalheria. Assim mesmo, os fios utilizados podem ser lisos ou retorcidos, quer dizer, entrelaçados, usando pinças para lograr tal fim.
Seu resultado final são peças finas e muito ligeiras; já que parte de sua estrutura é ar, onde se cobrem espaços e se deixam outros vazios; além disso, são os causantes da sutil transparência que tem a prenda.
A palavra filigrana deriva de duas vozes latinas: “filum” que significa fio, e “granum”, que quer dizer grão. Significa que se trata de “fio granulado”; por conseguinte, esta definição surge pela aparência que pode apresentar-se nas superfícies de algumas peças clássicas, já que os fios de prata se vão envolvendo para ser acomodados na área que se deseja trabalhar.
A belíssima arte da filigrana está carregada de um grande valor estético e muita delicadeza. Seus finos fios permitem lograr formas, transluz e transparência a desenhos, ate lograr a ligeireza de um bordado.
Por outro lado, a elaboração de uma peça de filigrana requer de muita paciência, habilidade, precisão, e agudeza visual. O desenho conseguido deve ter as justas precisões entre suas linhas e formas.
No processo de fabricação, o ouro e a prata são fundidos a altas temperaturas, depois, é colocado em uma lâmina para reduzir a espessura; isto se realiza ate obter um fio de poucos milímetros.
Do mesmo modo, com a ajuda de pinças especiais, se passa para as fileiras, que são pranchas de ferro dotadas de vários agulheiros planos, para depois ser cortados. Depois, se enrosca o fio sobre uma tabua de madeira ate lograr uniformidade. Ha que ter a borda das figuras e preenche-las com o fio retorcido, deixando espaços entre o fio, para dar essa aparência de renda. O ourives realiza uma serie de dobras, aperfeiçoando a peça mediante o alijado e abrilhantado. O resultado será uma figura de grande beleza, única e irrepetível.
Esta técnica se remonta a antiguidade; já que os nascimentos arqueológicos dão testemunho que a filigrana foi incorporada na joalheria desde o ano 3000 a.C. Primeiramente, foi praticada pelos etruscos e gregos; sem embargo, os egípcios também a trabalharam, embora usaram mais outro tipo de técnicas como o esmaltado; de igual modo, os bizantinos a perfeiçoaram e a deram a conhecer como “brilho bizantino”.
A joia de filigrana é uma peça ligeira por excelência e, na atualidade, esta arte está orientada para a produção de inovadoras prendas, abarcando desde a linha tradicional, ate as mais modernas tendências. Uma de suas grandes vantagens é que iluminam por seu brilho, devido à finura de seu traço. Lucilas é destacar sua originalidade!
ALFA