Considerado como um dos materiais semipreciosos mais raros e valiosos que se ha empregado na joalheria, o coral negro também se ha convertido em um dos elementos mais representativos da joalheria cubana atual, graças ao excelente trabalho de seus melhores ourives e uma ampla gama de desenhos e combinações com outros materiais, como: o ouro, a prata e as pedras preciosas. Cada peça adquire uma beleza sem igual, capaz de cativar a quem visitam esta ilha caribenha.
Se bem, o uso do coral negro parece uma tendência recente na joalheria, este tesouro marinho ha sido usado desde faz milhares de anos, tendo sempre um status de coral semiprecioso. Os primeiros em usa-lo em amuletos haveriam sido os romanos e os gregos, já que, conforme com eles, tinha propriedades medicinais e afrodisíacas. Mas, seriam os gregos quem o batizariam com o nome científico “antipathes”, que significa contra as enfermidades. Não obstante, outros povos lhe atribuiriam novas qualidades como proteção contra o mau-olhado e a boa sorte ou simplesmente o usariam como símbolo de autoridade.
Algo que possivelmente algumas pessoas desconheçam é que o coral negro tem um aspecto ramificado muito parecido ao de uma planta, mas o surpreendente é que se trata de um ser vivo. Especificamente, uma colônia de organismos capazes de alcançar os 50 centímetros de altura e, conforme com experimentos realizados em Cuba, pode ter um crescimento lineal de 6 centímetros por ano. Mas, dada sua escassez, beleza e dificuldade de extração (geralmente encontrados a uma profundidade entre 30 e 60 metros), as joias e objetos elaboradas pode chegar a ter um grande valor no mercado internacional.
Esta situação ha provocado que o coral negro se encontre em perigo de extinção, pelo que não somente ha sido incluído no apêndice II da convenção tratado internacional de espécies em risco de extinção (CITES por suas siglas em inglês), mas que também ha levado às autoridades cubanas a programar estritos controles para estabelecer coutas anuais, com o objetivo de evitar sua exploração desmedida e manter o equilíbrio ecológico.
Com estas medidas também se busca garantir a supervivência de outras espécies marinhas, já que os corais também servem de hábitat para muitas delas no ecossistema que habitam. Atualmente, uma das zonas mais protegidas em Cuba é a praia Maria a Gorda, localizada no sul este da península de Guanahacabibes, por ser o lugar donde se alberga a maior reserva de coral negro.
O mar nos oferece uma grande variedade de produtos ou materiais de grande beleza, mas dependerá de nós darmos um uso racional, apoiando as iniciativas que busquem proteger os ecossistemas marinhos. Por isso, ao visitar Cuba ou outros países do mundo, onde se comercializem joias feitas de coral negro, nossa recomendação será adquiri-las em lojas amparadas pelas leis ambientais e que estejam devidamente certificadas pelo CITES; esta será nossa pequena contribuição para a preservação de esta espécie única no mundo.
ALFA