Em que pensamos ao falar de viagem? Pelo menos a maioria das pessoas pensa que significa sair do país. Algumas preferem essa opção porque consideram que já conhecem todos esses lugares turísticos do seu território, mas, isso é verdade?

Não, não é. Há muitos que curtem percorrer suas cidades, e devemos ser capazes de valorizar esses destinos que também oferecem entretenimento e, ao mesmo tempo, reafirmam o sentido de identidade.

Devemos dar valor ao inerente. Cada nação tem suas riquezas particulares e uma cultura peculiar que convida qualquer um a conhecê-la. Exploremos essas tradições que envolvem cada estado, província ou departamento no mundo e tentemos participar das festas populares. Fazer parte dessas atividades gera momentos inesquecíveis e oferece experiências novas sem prejudicar muito o orçamento.

Mas, qual é esse tipo de turismo de que falamos? Daquele em que degustamos pratos locais. A comida é um grande atrativo e através do paladar se conquista o turista, que chega desejando ver outras paisagens. Para os franceses, por exemplo, os crepes, rodelas de farinha de trigo, podem resultar um prato comum; porém, há certos lugares na toscana francesa onde se oferecem outras apresentações da sobremesa. Do mesmo jeito acontece com o “Choripán” argentino, comum em outros países da América Latina; não há nada melhor do que provar uma boa lingüiça assada entre duas fatias de pão.

Da mesma maneira que tem comidas que provocam, também se encontram outros pratos pouco convencionais que podem resultar repugnantes, como a tarântula frita, que embora seja comum em algumas regiões do Camboja e faça parte da cultura culinária desse país, para alguns cambojanos da capital (Pnom Pen) é nojenta. À lista, pode se adicionar o pirulito de escorpião, uma delícia chinesa que talvez algum dos habitantes desse país desconhece. Os escorpiões são criados em granjas especiais para poder preparar esse tipo de comidas.

Sabemos quais são os pratos tradicionais do nosso país? E quantos já provamos? A ideia de degustar novos sabores, mesmo que forem esquisitos ou agradáveis para o paladar, faz parte dessas interessantes atividades que o turista, que mora muitos quilômetros longe desses lugares, deve realizar. Assim, vamos conhecer mais de nós mesmos e daquilo que nos identifica.

Os presentes que nos oferece a natureza também são destinos obrigatórios para o visitante local. Esse tipo de maravilhas que enriquecem o espírito e o amor próprio também merece ser visitado. É o caso dos venezuelanos que se atrevem a percorrer essas longas estradas para admirar as grandes exibições ecológicas, como o Páramo Andino (nos estados Mérida e Trujillo) ou a Gran Sabana (no estado Bolívar), que vão surpreendê-los pelas magníficas paisagens.

A arquitetura, igualmente, é um elemento de grande valor em cada país, já que os identifica além das fronteiras. Hoje em dia, muitas estruturas são consideradas verdadeiras obras de arte. Os mexicanos, por exemplo, não precisam gastar muito dinheiro para admirar as construções das antigas civilizações: maias ou astecas; passear pelas incrivelmente elaboradas catedrais da época colonial; ou desfrutar da cidade como centro de impulsão econômica e social, com suas torres e grandes prédios. É uma mistura inigualável de lugares que orgulha os habitantes desse país. Aprendamos a observar tudo o que nos rodeia.

Se tivermos a oportunidade de conhecer o país onde moramos, valorizando sem prejuízos sua beleza natural, suas construções e tradições e até os pratos típicos, vamos perceber, finalmente, que as coisas interessantes não se encontram somente além das fronteiras.

 

 

ALFA